• Os municípios do Cartaxo, de Santarém e de Azambuja e a Associação dos Agricultores do Ribatejo assinaram protocolo que tem como objeto a realização de um estudo que visa efetuar o levantamento, caracterização e análise dos recursos hídricos da Lezíria do Tejo, através da recolha de dados digitais georreferenciados, de elaboração de plantas das infraestruturas existentes e da enumeração de necessidades atuais em função da utilização prevista nas culturas instaladas em 2021 e a utilização atual identificada dos recursos hídricos - superficiais (Tejo e Vala Real) e subterrâneos.
• João Heitor afirmou que “a gestão integrada e sustentável dos nossos recursos naturais e a recuperação para a agricultura de um ativo como a Vala Real”, justificam o estudo prévio que vai analisar o território de modo integrado, “sem a limitação de fronteiras concelhias, numa parceria que exige empenho a todas as partes” e que “permitirá trabalhar ainda em duas áreas prioritárias – as condições de circulação rodoviária, essenciais ao escoamento dos produtos agrícolas e a segurança dos equipamentos e máquinas para contrariar as perdas por roubos ou destruição de bens que os agricultores enfrentam e que têm implicações de relevo, nos resultados das suas explorações”
Os municípios do Cartaxo, de Santarém e de Azambuja e a Associação dos Agricultores do Ribatejo (AAR) escolheram a Feira Nacional da Agricultura (FNA) para firmar um acordo de parceria que tem como objetivo realizar o estudo Levantamento, Caracterização e Análise dos Recursos Hídricos da Lezíria do Tejo. O estudo deverá estar concluído em novembro de 2022.
O estudo vai abranger uma área de cerca de 10 mil hectares – do Vale de Santarém, à Azambuja e pretende efetuar ainda: i) o levantamento de dados digitais detalhados e georreferenciados que permita caracterizar o estado atual das áreas e estruturas em análise (Vala Real, diques de proteção, entre outros); ii) a elaboração de planta com perímetros de responsabilidade dos organismos oficiais, tais como: gestão e manutenção das infraestruturas existentes (áreas de cultivo, diques, valas e portas drenagem da vala Real, taludes e portas de água, caminhos municipais e rurais, estradas nacionais, linha de caminho de ferro e passagens de nível); proteção e fiscalização ambiental (Caça, Pesca, Eventos); segurança no Campo, e iii) efetuar o levantamento dos Recursos Hídricos: levantamento de necessidades atuais em função da utilização prevista nas culturas instaladas em 2021 e a utilização atual identificada dos recursos hídricos - superficiais (Tejo e Vala Real) e subterrâneos.
Assinado no dia 9 de junho, no âmbito do Seminário Água Como Fator de Ordenamento e de Desenvolvimento do Território, que decorreu no CNEMA e que integrou o programa da FNA, o acordo de parceria vai permitir a realização do estudo prévio necessário à elaboração de um Projeto de Gestão de Recursos Hídricos e Ordenamento do Território do Vale do Rio Tejo. João Heitor, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo “considera este estudo uma ferramenta essencial ao desenvolvimento sustentável de um território que tem na agricultura um ativo estratégico impar”.
O autarca participou na segunda mesa redonda do seminário, tendo destacado o compromisso da Câmara Municipal do Cartaxo na concretização da parceria “porque é um compromisso com os nossos agricultores, porque promove trabalho colaborativo entre as entidades públicas e os empresários do setor e porque assume, formalmente, a necessidade de estarmos unidos na tomada de decisões, face a problemas comuns”.
Para João Heitor, as autarquias “devem assumir a sua capacidade de decisão local e a sua possibilidade de influência nas decisões a nível regional e nacional, como ferramentas de apoio a quem produz riqueza no território. Esta parceria é um passo real para que isto aconteça”.
O “projeto estratégico final a que vamos chegar, vai ter implicações reais no desenvolvimento económico e no crescimento sustentável não só do setor agrícola, mas também de setores que dele dependem direta e indiretamente”, afirmou.
O presidente da Câmara referiu que, no que respeita ao setor agrícola, “para além da preocupação muito séria com a sustentabilidade do nosso território, que se constitui como uma das áreas de cultivo mais nobres do país“, a autarquia está a trabalhar em duas áreas prioritárias – as condições de circulação rodoviária, essenciais ao escoamento dos produtos agrícolas, e a segurança dos equipamentos e máquinas para “contrariar as perdas por roubos ou destruição de bens que os agricultores enfrentam e que têm implicações de relevo, nos resultados das suas explorações”.
“Na zona do campo, a recuperação das vias rodoviárias é essencial, não só para os agricultores, mas também para retirar das aldeias de Valada e do Reguengo, a pressão rodoviária de veículos pesados”, destacou o presidente da Câmara Municipal que se congratulou com o aumento da área cultivada na zona do bairro – “com mais vinha a ser plantada, com mais terrenos a serem rentabilizados, mas onde a área de cultivo ainda pode ser alargada”, defendendo o apoio aos investimentos que tenham este objetivo.