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Não se sabe ao certo há quantos anos existe uma banda de música em Pontével, contudo, presume-se que já em 1887 existisse uma Filarmónica na freguesia, acerca da qual existem registos fotográficos, bem como testemunhos de pontevelenses.

 

Com estatuto de coletividade, surgiu no ano de 1904 a Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense.

 

Na década de 30, dá-se um episódio curioso – o Mestre A. Loureiro é substituído pelo Mestre José Mendes. Entrando em rotura, saiu levando consigo alguns músicos por ele ensinados e formou a Sociedade Musical União Pontevelense, cognominados pelos "Os Grilos". Os músicos e simpatizantes da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense passaram a denominar-se de "Besouros".

 

A rivalidade entre as duas Bandas era enorme e doentia, até que em 1 de dezembro de 1933, e quando as duas Bandas andavam a cumprimentar os seus simpatizantes, se encontraram frente a frente numa rua estreita e deu-se o inevitável, passando-se da música a violência, ao ponto de o conflito vir a ser resolvido com a presença da autoridade distrital.

 

Passado algum tempo, e por determinação do governador do distrito, foi extinta a Sociedade Musical União Pontevelense "Os Grilos", ficando em atividade a Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense, que no campo social, tem tido uma ação de mérito junto da população local, apesar dos altos e baixos a que tem estado sujeita.

 

No campo musical, tem representado a sua terra em festas, concertos e encontros de Bandas Civis do Distrito de Santarém.

 

No início dos anos 90, a direcção introduziu novos conceitos, que embora não tenham sido do agrado de alguns músicos mais velhos, teve no entanto a virtude de entusiasmar uma boa camada de jovens, que sob a orientação do então Maestro Simões Ribeiro, são hoje ainda o suporte de músicos da banda da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense, considerada uma das Bandas mais jovens da região.